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Foto de arquivo (Foto: D. R.)

Deco recebe mais de duas mil queixas de utentes dos transportes públicos

Na Semana Europeia da Mobilidade, a média os utentes perderam cerca de 3.100 horas de tempo familiar e laboral. As principais reclamações (60%) são direcionadas ao transporte rodoviários, seguindo-se do ferroviário com 17% e o Metropolitano com mais de 14%. Entre 11 de fevereiro e 19 de setembro a Deco recebeu 2.325 reclamações relativamente aos transportes públicos.

As principais reclamações são relativas a atrasos, cancelamentos, diminuição e supressão de linhas e horários, resultando em mais de 50% das queixas dos consumidores. Aumentam reclamações referentes à higiene, conforto e qualidade do material circulante, também às gares no que toca à falta de manutenção das casas de banho, escadas rolantes e elevadores.

Para melhor compreender a situação a Deco decidiu verificar a pontualidade e regularidade dos comboios suburbanos durante dez dias uteis em Maio. Foram controlados comboios suburbanos nas linhas de Lisboa, Porto e Coimbra com destino a estas cidades e com hora prevista de chegada entre as 07h00 e as 10h30. No total foram verificados 170 comboios por dia, num total de 1.700.

As linhas de Cascais e Sintra mostraram o pior desempenho com casos de atrasos e algumas supressões de carruagens. Segundo a Deco, a linha de Cascais regista mais atrasos, mas a de Sintra com mais comboios suprimidos.

A coordenadora do Gabinete de Apoio da Deco, Ana Sofia Ferreira, sublinhou que durante os 10 dias, as anomalias ou avarias das composições e problemas de infraestruturas foram as principais causas verificadas. “Estas situações não podem continuar a ser meros constrangimentos na vida dos passageiros, que registam uma perda de cerca de 3.100 horas de tempo familiar e laboral, em todo o país, com larga incidência na Área Metropolitana de Lisboa”, declarou.

Ana Sofia Ferreira salientou também que entre 11 de fevereiro e 19 de setembro mais de 6.700 consumidores já se inscreveram na Plataforma www.queixasdostransportes.pt e assinaram a Carta dos Direitos dos Passageiros de Transporte Público Coletivo proposta pela associação.