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Entre 2007 e 2016 nasceram 347 mil empresas e organizações

Entre 2007 e 2016 foram criadas 347 mil empresas em Portugal, 64% ainda estão em atividade, com os setores ligados ao turismo a liderar.  Segundo os dados da Informa D&B no relatório “10 alterações na dinâmica do tecido empresarial português na última década”, há alterações a registar na estrutura setorial dos nascimentos no tecido empresarial, com os serviços (31,5%) e o retalho (13,6%) a manterem-se como os setores onde se constituem mais empresas.

O estudo refere ainda que os setores do alojamento e restauração (12%) e as atividades imobiliárias (9,4%), setores ligados ao turismo, “deram um salto” e ocupam agora os terceiro e quarto lugares, respetivamente, por troca com a construção (8%) e os grossistas (7,3%), que caíram para quinto e sexto lugar, respetivamente.

Os setores com maior criação de empresas nos últimos dez anos, são os da agricultura, pecuária, pesca e caça (9,5%), telecomunicações (6,9%) e alojamento e restauração (4,9%), ao contrário da construção e gás, eletricidade e água, que surgem como os dois setores com o maior decréscimo anual de novas empresas (-5,2% e -4,6%, respetivamente).

Relativamente ao número de insolvências, e depois de quase seis mil novos casos em 2012, os processos de insolvência recuaram desde 2013, “uma queda que voltou a acentuar-se em 2016”, equivalente a menos 23% de novos processos, refere o estudo, salientando que, “apesar da queda, os números de insolvências ainda não recuperaram para os valores de 2007”, com pouco mais de duas mil empresas.

Em 2007, o distrito do Porto liderava em novos processos de insolvência, posição que passou a ser ocupada pelo distrito de Lisboa a partir de 2012. Entre 2007 e 2016, verificaram-se 40.309 casos de insolvência, tendo o setor do retalho passado a liderar os novos processos desde o final de 2016, ano em que as indústrias transformadoras e a construção representavam mais de 50% dos novos casos de insolvência, indica a Informa D&B.

No período em análise, encerraram cerca de 163 mil empresas, com o número de encerramentos a manter-se perto dos 16 mil por ano, tendo 2013 atingido “um pico nos encerramentos”, com 19.093 casos. Já os anos de 2010 e 2014 foram os que registaram um menor número de encerramentos e em 2016 “o número de encerramentos situou-se abaixo da média da década” (16 mil por ano). A idade média das empresas que encerram situa-se hoje nos 11,4 anos, uma subida ligeira face a 2007 (10,2 anos), conclui o estudo.