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Assembleia-geral do BPI adiada para setembro

Providência cautelar da Holding Violas Ferreira levou acionistas a decidir pelo adiamento da assembleia-geral.

 

A assembleia-geral do BPI, marcada para esta sexta-feira para votar o fim do limite de votos no banco, foi adiada por 45 dias, para 6 de setembro.

O adiamento acontece depois de a Holding Violas Ferreira (HVF) ter apresentado uma providência cautelar contra a proposta da administração do banco de desblindagem dos estatutos.

A providência cautelar foi decretada na quinta-feira pelo Tribunal do Porto, tendo os acionistas do CaixaBank proposto o adiamento da votação.

No início da assembleia-geral do BPI, que decorria no Porto, a HVF pronunciou-se contra o fim da blindagem dos estatutos do banco.

A primeira proposta de desblindagem foi apresentada pela HVF, que detém 2,61% do banco, e teria de ser aprovada por dois terços do capital, mas cada acionista só podia votar com 20% do capital – mesmo o CaixaBank, que detém mais de 44% do BPI.

A segunda proposta, feita pela administração liderada por Fernando Ulrich, permitia que os acionistas votassem com a percentagem de capital que detêm, sendo necessários também dois terços do capital para aprovação.

A possibilidade surgiu na sequência do diploma governamental, que determinou que os bancos teriam de votar até final do ano a desblindagem dos estatutos.

Ainda antes da abertura da Bolsa de Lisboa, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários havia suspenso a negociação das ações do BPI “até à divulgação de informação relevante sobre o emitente”.