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Alexandre Fonseca assumiu liderança da Altice Portugal em 2017 (Foto: João Filipe Aguiar)

“É utópico pensar que as PME têm uma estrutura de sistemas de informação” – Alexandre Fonseca

Por: Mafalda Marques

Assumiu a liderança da Altice Portugal, antiga Portugal Telecom, em novembro de 2017, com mais de 20 anos de experiência no setor das telecomunicações, seis deles no grupo que agora lidera. Em entrevista à PME Magazine, Alexandre Fonseca fala sobre as grandes ambições do grupo na área das telecomunicações e na ajuda à transformação digital das empresas.

PME Magazine – Como é que a Altice Portugal está a dirigir-se ao setor empresarial?

Alexandre Fonseca – O segmento empresarial, em particular dentro da Altice Portugal, é um dos nossos setores de aposta, mas mais: é uma aposta que já vem do passado. Quando falamos no setor empresarial, no caso da Altice Portugal, endereçamos o que vulgarmente se chama o setor corporate, ou seja, as grandes empresas, o top mil a nível nacional até às muito pequenas, às micro e até às nanoempresas, aquilo que normalmente se designa por soho, small office, home office. Efetivamente, encontrámos na operação da antiga Portugal Telecom, quando fizemos a aquisição, um grupo de serviços na área empresarial líder de mercado, bem estabelecido do ponto de vista daquilo que era a conectividade, porque é, ao fim e ao cabo, a base de onde os nossos serviços estão a ser prestados, mas encontrámos também algo que é muito importante no momento que atravessamos: a capacidade de este setor  empresarial se transformar e de acompanhar este processo de digitalização, de transformação digital da sociedade, mas também das empresas e de hoje sermos, diria, um parceiro de referência, das grandes e também das mais pequenas empresas a nível nacional nesse processo de transformação. Transformação dos processos de negócio, dos seus próprios recursos, sejam eles técnicos, humanos, ou até financeiros.

PME Mag. – Qual o peso das PME na faturação da Altice Portugal?

A. F. – O segmento corporate, como disse, é importante, o segmento empresarial como um todo é importante para nós. Não divulgamos números de um ponto de vista detalhado, mas representa, grosso-modo, um terço do nosso volume de negócios e, dentro deste terço, como é natural, olhando para o tecido empresarial português – sabemos que é esmagadoramente constituído por pequenas e médias empresas – o nosso volume de negócios acompanha também este peso, porque temos tido capacidade de conseguir endereçar, quer às grandes empresas com soluções tailor-made, onde o ‘pronto a vestir’ não serve se queremos ter soluções que sejam adequadas especificamente ao segmento de negócio, à empresa, ao problema que estamos a endereçar. E temos, por outro lado, uma componente importante para as empresas mais pequenas, soluções pacotizadas, standard, que endereçamos a esse mercado. Tendo presente que no tecido empresarial português a esmagadora maioria são pequenas e médias empresas, uma parte importante do nosso negócio está também no segmento das PME, mas sabemos que as grandes empresas, sendo menos, têm volumes de faturação muito grandes. Mesmo assim, as PME têm um papel importante, não só hoje, mas também naquilo que é o crescimento. Quando falávamos na transformação que referi, esta transformação é tão mais importante – até porque está um pouco mais atrasada – nas pequenas e médias empresas. Portanto, diria que a escala, a capacidade de crescimento que temos para o mercado PME e para o mercado soho é, de facto, extraordinária.

Leia a entrevista na íntegra na edição de janeiro da PME Magazine.

Veja aqui o vídeo da entrevista:

Vídeo: JD Edition