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Ricardo Parreira colabora pontualmente com a PME Magazine (Foto: Divulgação)

Gestão em alta velocidade: use tecnologia ou arrisque-se a ficar para trás

Por: Ricardo Parreira, CEO PHC Software

 

Dificilmente um gestor ficará surpreendido se lhe disser que a gestão das empresas está cada vez mais complexa. A velocidade com que o seu negócio tem de se adaptar ao ritmo do mercado, aos consumidores cada vez mais exigentes ou à captação e retenção de talento, entre outros fatores, aumenta o grau de exigência em todos os pontos de contacto, expondo as empresas a uma agressiva lógica darwiniana de sobrevivência dos melhores.

Sabe-se que, em grande parte, a tecnologia é causa e solução deste efeito. O acesso à Internet modificou a forma com encontramos e procuramos informação, tornou-nos pessoas mais informadas. Os dispositivos móveis, como um smartphone ou um tablet, alteraram a forma como trabalhamos e tomamos decisões – quer seja nas empresas ou na nossa vida pessoal. A transformação digital das ferramentas de gestão das organizações torna-as mais rápidas e competitivas, acelerando processos e decisões. Para onde quer que olhemos, a complexidade da gestão está a ser moldada por uma inércia tecnológica que obriga os gestores a alterar alguns dogmas do passado.

Por exemplo, a possibilidade de descentralizar o local onde se gere um negócio e tomar decisões em qualquer lugar – e dispositivo – está a transformar a noção de “local de trabalho”. As ferramentas de gestão, como os ERP, trazem hoje a possibilidade de acesso a diferentes áreas de uma empresa em qualquer hora, lugar ou dispositivo, aumento da produtividade e da capacitação das equipas. Áreas como a contabilidade, o imobilizado, as vendas, a logística, os recursos humanos ou a gestão de equipas (a título de exemplo), beneficiam hoje de ferramentas integradas que aceleram os negócios e provocam um novo normal onde deixou de ser possível gerir uma empresa sem tecnologia.

“Uma empresa que não tenha informação em tempo real ou tenha dificuldade em ajustar em tempo útil os seus processos – em função de métricas precisas – ficará irremediavelmente para trás”

Repare-se, uma empresa que não tenha informação em tempo real ou tenha dificuldade em ajustar em tempo útil os seus processos – em função de métricas precisas – ficará irremediavelmente para trás. Uma outra empresa sua concorrente irá fazê-lo, conseguirá adaptar-se mais rápido e terá uma resposta mais ajustada às expectativas de um mercado cada vez mais exigente. Ignorar o novo ecossistema da gestão é assinar uma consequente desvantagem perante a concorrência.

É também por isso que as empresas devem tirar partido de um ERP que lhe dê esta liberdade para gerir em qualquer lugar e que lhe permita ter rapidez de resposta, proporcionando os desejados ganhos de produtividade. É verdade que exige uma “mudança de mentalidade”, mas todas as mudanças importantes o requerem.

“Porque haveremos de ser obrigados a trabalhar num só dipositivo em frente a uma secretária se podemos levar o negócio para onde quisermos?”

Não será então de estranhar que muitas pessoas refiram que “a transformação digital começa com mobilidade”, pois, como referi, as ferramentas de gestão já se encontram preparadas para dar essa liberdade para trabalhar no dispositivo que se pretende e em qualquer lugar. Porque haveremos de ser obrigados a trabalhar num só dipositivo em frente a uma secretária se podemos levar o negócio para onde quisermos? Ou porque haveremos de dizer numa reunião “depois faço-lhe chegar essa informação” se podemos simplesmente aceder à mesma naquele preciso instante?

Podemos libertar esse tempo, aproveitando-o para outras coisas. Quem o fizer estará melhor preparado para os desafios que a gestão das empresas tem pela frente. Quem ignorar esta revolução, arrisca-se a ficar para trás.