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Paula Panarra, diretora-geral da Microsoft Portugal (Foto: João Filipe Aguiar)

“Não temos resposta a todas as questões numa empresa” – Paula Panarra

Por: Ana Rita Justo

Fotos: João Filipe Aguiar

À frente da Microsoft Portugal desde dezembro de 2016, Paula Panarra é a cara na mudança que a empresa está a operar a nível nacional com vista a tornar-se no parceiro das empresas para a indústria 4.0. Da segurança da informação às novas formas de gerir o negócio, a diretora-geral da tecnológica explica o percurso que está a ser feito e que tem vindo a apoiar startups, PME e grandes empresas em todo o país.

 

PME Magazine – Que balanço faz destes dois anos como diretora-geral da Microsoft Portugal?
Paula Panarra – Faço um balanço muito positivo. Começámos esta jornada há dois anos com o objetivo muito claro de ajudar Portugal a avançar neste período da dita transformação digital e desta nova era da tecnologia e foi aí que pus todos os meus esforços. Em criarmos, junto com a equipa, mas também com o nosso ecossistema de parceiros e, junto dos nossos clientes, ajudarmos a fazer este caminho de progresso nas empresas em Portugal e o balanço é muito positivo. Temos uma série de casos de aplicação de tecnologia para fazer este enablement da transformação que são já casos de Portugal de referência para o mundo, o que muito nos orgulha. É um primeiro passo, há muito caminho a fazer, mas sem dúvida um balanço muito positivo.

PME Mag. – Fale-nos um pouco desses casos.
P. P. – Nós temos o privilégio, porque esta é uma. Era em que a tecnologia está na base destas grandes transformações, de trabalhar em simultâneo com as grandes empresas portuguesas e de acompanhá-las nessa transformação, mas também de acompanhar muitas das que são as novas empresas de tecnologia em Portugal. Posso dar como exemplo todo o trabalho que fizemos conjuntamente com a Farfetch para o desenvolvimento da sua plataforma, para poderem servir o mundo e estarem, hoje, cotados em Bolsa, como de facto uma nova pequena startup que tem na verdade quase uma década, mas o trabalho conjunto para globalizar o negócio é um dos exemplos. Temos outros exemplos quer de banca, quer de indústria, acima de tudo, em quatro grandes áreas: por um lado, aquilo que é a modernização da forma de trabalhar das empresas, por outro, a forma de interagir com a cadeia de valor, seja ela a relação com clientes, seja a relação com fornecedores; muitos projetos de otimização de operações, de criação de eficiências, que vão desde a mera desmaterialização de processos até à robotização. Como é que ajudamos a criar as eficiências necessárias nos processos para, em muitos casos, libertar investimento e libertar a capacidade de investir em inovação e em modernização de produto. Por outro lado, até mesmo na criação de novas formas de estar no mercado. O exemplo da banca digital, a utilização de novos assistentes pessoais, os ditos bots, para fazerem a interação com os clientes e, portanto, uma modernização daquilo que são os serviços prestados em empresas de todas as dimensões. Penso que é de realçar que, de facto, a tecnologia está, hoje, acessível a empresas de todas as dimensões pela tipologia de modelos em que está disponível. No passado era preciso fazer investimentos muito elevados para criar essas capacidades e só grandes empresas podiam ter acesso a estas tecnologias. Hoje, elas funcionam em modelo de subscrição, mal comparando é como subscrever a eletricidade, é tão simples quanto isso: subscrever muitas das tecnologias, quer de produtividade, quer de operações, quer de interação e de dados, que é, talvez a área menos explorada naquilo que são as pequenas e médias empresas
portuguesas.

 

Leia a entrevista completa na edição de abril da PME Magazine.

Veja o vídeo da entrevista com Paula Panarra:

Vídeo: JD Edition