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por: Denisse Sousa
Criada por Lars Andersen, a My Nametags, é uma empresa britânica de etiquetas personalizadas, que já existe em países como o Reino Unido, Irlanda, França, Itália, Holanda, Bélgica e Malta e que agora chega a Portugal.
Quando Lars Andersen percebeu quão valioso pode ser um brinquedo ou objeto para os mais novos e quão difícil é lidar com a perda dos mesmos, viu que a solução estava nas etiquetas. Para evitar este tipo de situações, decidiu criar etiquetas de qualidade que permitissem identificar objetos de forma a que, em caso de perda, mais facilmente regressasse ao dono.
PME Magazine – Como nasceu a My Nametags?
Lars B. Andersen – A marca nasceu em 2004, os meus filhos eram pequenos e eu estava cansado de os ver a perderem objetos que para eles eram realmente importantes. Nós adultos muitas vezes só damos valor às perdas nos “mais crescidos”, dos telemóveis, da carteira, daquela bolsa comprada naquela viagem. Por vezes esquecemo-nos que os mais novos conferem uma carga emocional muito grande a um objeto, algo que financeiramente pode até não ter muita expressão, mas que de forma afetiva tem. Foi da necessidade de identificar os objetos dos meus filhos que me apercebi que o mercado não disponibilizava produtos práticos e de qualidade, foi então quando me surgiu a ideia de criar etiquetas adesivas personalizadas que pudessem ser utilizadas no maior número de objetos possíveis. Pensei então em etiquetas que funcionassem em qualquer material e que fossem resistentes, de forma a não ter que despender de tantos recursos: a etiqueta que serve para o material de escritório, serve igualmente para a roupa. Até agora a aceitação tem sido extremamente positiva, algo que me deixa muito orgulhoso e me dá mais vontade de continuar a apostar em produtos de qualidade.
PME Magazine – Como é o processo da personalização das etiquetas?
Lars B. Andersen – Através do nosso website, as pessoas podem personalizar as etiquetas com um vasto leque de cores, padrões, fundos e designs disponíveis. O site está desenhado com um layout bastante simples e de utilização intuitiva, pois não queremos deixar o nosso consumidor confuso. Dividido por categorias, o utilizador acede à nossa plataforma, escolhe o tipo de etiqueta que quer – termoaderente ou adesiva – define o fundo, o lettring, as cores e no final é direcionado para o processo de compra.
PME Magazine – O que diferencia a My Nametags de qualquer outra empresa de etiquetas no mercado?
Lars B. Andersen – A marca é atualmente a única no mercado a oferecer garantia de 10 anos para etiquetas termoaderentes, para além de se destacar da concorrência das etiquetas adesivas, ao permitir a utilização do mesmo tipo de etiqueta em diferentes materiais, sejam roupas, material escolar, brinquedos, objetos pessoais, etc. O foco da My Nametags é acabar com um problema recorrente de muitas pessoas em todo o mundo – a perda de objetos – com uma solução económica, criativa e duradoura. Fomos até galardoados pelo projeto e inovações inerentes ao mesmo em 2015, no Reino Unido com o primeiro prémio dos European Business Award. A sensação foi ótima, mas o objetivo, mais do que ganhar prémios, é deixar os nossos clientes satisfeitos.
PME Magazine – Quais os planos para Portugal em termos de negócio?
Lars B. Andersen – Vemos esta entrada em Portugal como uma oportunidade de expandir o nosso negócio para a Península Ibérica reforçando, assim, o nosso posicionamento europeu. Temos grandes expectativas com esta aposta em Portugal e consideramos inclusivamente num futuro apostar no crescimento da equipa de operações em território nacional.
PME Magazine – Quais os países de atuação e qual o formato negócios (shipping ou call center como em Gaia)? Qual o investimento da marca em Portugal?
Lars B. Andersen – Desde que a My Nametags entrou no mercado, já está encontra presente em países como o Reino Unido, Irlanda, França, Itália, Holanda, Bélgica e Malta. Depois de Portugal, o mercado brasileiro será a nossa próxima aposta.
Investimos na versão portuguesa do nosso website e temos um escritório virtual em Gaia, com atendimento totalmente em língua portuguesa. Para já os recursos humanos concentram-se no Reino Unido, sendo que a expectativa é criar uma equipa em Portugal assim que o negócio o permita.
PME Magazine – Qual foi o maior desafio em desenvolver a empresa nesses países?
Lars B. Andersen – Cada país tem uma realidade, um costume e uma cultura diferente. O nosso foco ao chegar a um novo mercado é compreender quais as necessidades do nosso cliente final e de que forma os podemos ajudar. Tentamos adequar o nosso discurso e a nossa abordagem de acordo com cada país onde atuamos diretamente, e interagimos com o consumidor através do nosso site totalmente adaptado à língua local e às redes sociais.
Como todo o processo de compra é online, um dos nossos principais focos é conferir credibilidade durante toda a interação com o cliente no site, e desta forma, oferecer não só o melhor produto do mercado, como também sermos capazes de mudar certos hábitos de consumo; por exemplo em Itália, os consumidores têm uma taxa de compra online muito inferior ao Norte da Europa e por isso estamos a investir todos os esforços para gradualmente os aproximar do e-commerce (ou deixá-los mais seguros por utilizarem esse processo de compra). Mostrar aos nossos consumidores que somos verdadeiros e transparentes é um dos desafios que temos sempre presentes.
PME Magazine – Quais os planos para o futuro?
Lars B. Andersen – Estamos sempre a procurar novas oportunidades de negócio e inserção em mercados distintos, chegar a nichos e públicos novos para nós. Gostaríamos de crescer em Portugal e apostar numa equipa local para desenvolver as nossas etiquetas, quem sabe num futuro próximo. Este ano vamos ainda alargar os nossos horizontes para o mercado Brasileiro, onde esperamos igualmente ter sucesso. Confiamos que as nossas etiquetas são realmente as melhores do mundo, pois constantemente testamos outras dos nossos concorrentes diretos e realmente destacámo-nos pela qualidade e durabilidade. No entanto, temos presente que não queremos estagnar neste ponto, queremos continuar a trabalhar e a torná-las sempre melhores.
