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Marco Mesquita do Projeto Ala
Marco Mesquita fundou Projeto Ala em 2012 (Foto: DR)

Projeto Ala, uma bolsa de oportunidades para as IPSS

Por: Mafalda Marques

Em Portugal há um grupo de empresas que se juntou para negociar com o Terceiro Setor. Oferecem preços competitivos e as IPSS agradecem. Em conversa com a PME Magazine, Marco Mesquita explica como funciona o Projeto Ala.

 

A ideia surgiu quando Marco Mesquita, que trabalhava como gestor na indústria farmacêutica, se apercebeu que várias IPSS procuravam agrupar-se para negociar protocolos com empresas da área privada, que lhes permitissem baixar custos. Uma espécie de economia de escala na área do setor social. Surgiu assim, em 2012, o Projeto Ala e com ele a possibilidade de agrupar empresas já fornecedoras de produtos e serviços para IPSS e profissionalizar e melhorar esse tipo de comunicação e relação.

Marco Mesquita chamou uma empresa em cada área, apresentou-lhes o projeto e criou uma bolsa de fornecedores com produtos e serviços previamente negociados e preços definidos, permitindo às IPSS fazer as suas compras independentemente da sua dimensão.

“Na realidade, as IPSS grandes tinham vantagens na negociação e com o Projeto Ala as pequenas e médias IPSS acabam por ser as mais beneficiadas”, explica, acrescentando que “o que pesa nos custos de uma IPSS cerca de 3% ou 4%, numa pequena IPSS pode significar 30% a 40%”. Desta forma, diz, ficam todas “em pé de igualdade”.

O Projeto Ala é mais do que uma plataforma, é uma bolsa de oportunidades para as IPSS que desejam dispor de serviços em economia de escala. Através do site ou contactando diretamente uma das empresas fornecedoras, a plataforma prima pela transparência e pela comunicação entre parceiros.

“As IPSS têm necessidades específicas, para além de um simples fornecimento. Algumas grandes empresas, com áreas da responsabilidade social, têm vontade de apoiar IPSS mas às vezes não sabem como. E dentro das várias opções de fornecimentos de produtos e serviços há formas de apoiar IPSS indiretamente. Um exemplo: na área dos medicamentos, em empresas já fornecedoras de IPSS, quando os prazos estão a terminar e os laboratórios têm de encaminhar os produtos, muitos preferem entregar às IPSS que são suas clientes. São estes benefícios que o Projeto Ala faz transitar”, explica.

“Na área da informática, o Projeto Ala faz um diagnóstico gratuito para aferir as necessidades da IPSS e aconselha o mais adequado à sua realidade e ao parque informático já existente para evitar custos adicionais. São serviços não palpáveis que trazem mais-valias tangíveis às IPSS para além do preço”, justifica o responsável.

A relação entre os parceiros e as IPSS é transparente, sendo o Projeto Ala o interlocutor inicial. Quando é identificada uma necessidade e ainda não existe um fornecedor nessa área, o Projeto Ala faz a ponte. As empresas tratam diretamente com as IPSS e estas pagam diretamente às mesmas. Marco adianta o cuidado com a cadeia de valor: “Caso o Projeto Ala terminasse, por alguma razão, nenhuma IPSS ficava com o serviço suspenso, porque a relação é feita diretamente”.

“Comparando algumas referências de produto, conseguimos ter os mesmos preços que algumas grandes IPSS que congregam 40 instituições. Uma instituição isolada consegue ter o mesmo preço que um grupo de IPSS que já está organizado e que até tem as suas próprias centrais de compras. Os preços e as condições fazem toda a diferença”, compara.

 

Leia o artigo na íntegra na edição digital da PME Magazine.

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